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Cap. 101

Ilustração com um fundo branco com um retângulo vermelho centralizado e indo da base até quase o topo, dentro do qual surgem, à esquerda, a silhueta de metade do corpo de um homem de chapéu e à direita, a silhueta de metade do corpo de um nativo americano com três linhas brancas horizontais pintadas abaixo dos olhos e usando dois colares brancos. Os doi estão olhando em direção ao leitor.

William vai até o corredor em frente aos aposentos do prefeito e chama um dos meninos que brinca logo abaixo.

O menino sobe as escadas bem mais rápido do que Cobra Traiçoeira e logo se apresenta ao médico.

— Meu jovem, - diz gentilmente o doutor – poderia fazer o favor de ir até minha carruagem e pegar uma garrafa igual a essa, só que cheia, na prateleira que fica na parede dos fundos?

O menino concorda com a cabeça e sai assim que o médico entrega a ele a chave da porta da carroça.

Na quadra ao lado, Wayne anda de um lado para outro em sua cadeia à procura de uma resposta: — O que é que você ainda está fazendo aqui?

— Estou esperando Augustus ficar bom. – responde Cobra Traiçoeira.

Wayne: — Você não pode ficar em Rotten Root. Não posso ter um índio vivendo na cidade.

Cobra: — Dona Lucretia disse que posso morar lá o quanto precisar.

Wayne, batendo na mesa: — Claro que ela disse. Ela sabe o quanto isso me incomoda, sabe quanto problema isso irá me dar, sabe o quanto tudo isso me irrita, por isso, ela convida você para morar com ela.

Cobra: — Ela disse que, se você quiser me tirar da cidade, é para falar com ela antes, ou...

Wayne: — Ou o quê?

Cobra: — Não sei. Ela não terminou a frase. Vá lá e descubra.

O xerife sabe que o cabaré está fora de sua jurisdição, assim como qualquer lugar em que Lucretia esteja. Confrontá-la nunca é uma boa ideia, mas, o que fazer com aquele índio?

— Você fica até Augustus estar curado, certo? – pergunta ao indígena. — Quando o médico for embora, você vai junto, entendeu?

Cobra Venenosa não tem tempo de responder.

— Xerife! – o menino a quem Dr. William pediu o favor entra apavorado na cadeia. — Venha, rápido! O senhor tem que ver uma coisa!

Wayne e Cobra saem rapidamente atrás do garoto, que corre até a carruagem do médico.

— Lá dentro! – aponta o menino.

Xerife e nativo adentram o veículo e seguem cuidadosamente até a parede dos fundos, na qual há uma porta.

Abrindo a porta, Wayne e Cobra Traiçoeira se entreolham espantados e saem, ainda mais apressados do que vieram, seguindo rumo aos aposentos do prefeito.
 

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